quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O "Ponto G" e o Estacionamento em Lisboa.

À partida – e à chegada também – esta pode ser uma comparação no mínimo absurda, mas na realidade não é.
O “Ponto G” e o estacionamento em Lisboa são duas das maiores e mais inquietantes questões que assolam o pensamento de todos os homens com cães, especialmente os que trabalham em Lisboa, como é óbvio.

Fora desta equação ficam os taxistas e os funcionários da Carris, que apesar de trabalharem em lisboa não têem de se preocupar com o estacionamento, e dada a natureza “sofisticada” desta classe trabalhadora, ou muito me engano ou nunca tiveram de se preocupar igualmente com o “Ponto G”...

Não são conhecidas no universo masculino grandes questões de natureza filosófica capazes de abalar a nossa existência. Não existem, ponto final!
E não existem porquê?

(silêncio...)

A resposta politicamente correcta seria “porque nós homens estamos plenamente conscientes do nosso papel no mundo!”

(silêncio novamente... e eis que alguém tossiu ao fundo da sala!)

A resposta é muito mais prosaica, e surpreendentemente simples. Nós, homens, estamos a borrifar-nos para a filosofia!
As coisas que nos preocupam – duma forma geral, não quer dizer que não hajam excepções – são futebol, mulheres, e o estacionamento em Lisboa!

Por estranho que pareça, estas são duas questões que têm tudo a ver uma com a outra, ou quase tudo pelo menos.

O primeiro denominador comum entre o “Ponto G” e o estacionamento em Lisboa é bastante obvio, e remete-nos para o campo da mitologia: nós (homens) sabemos que eles existem, porque já ouvimos falar, não sabemos é muito bem onde estão!
Em linguagem de miudos é quase como se fosse um kinder surpresa: é uma novidade (é sempre uma novidade...), um brinquedo (porque é divertido procurar!), e uma surpresa (acreditem, encontrar ambos é realmente uma grande surpresa para a maior parte dos homens!).

Os homens com cães menos habituados a estacionar o carro em Lisboa, e por inerência menos habituados a tudo o resto, correm o risco de serem confrontados com outros pontos em comum deveras interessantes, senão vejamos:

Normalmente passam pelo “Ponto G” e pelo lugar vago sem dar por isso.
“Olha! Era ali!” Pooooois é... Agora não dá para dar a volta...

Quando finalmente os encontram, a pressa é tanta que tentam meter o “carro” de qualquer maneira!
“O quê?! Meia hora aqui às voltas e agora não entras??! Naaaaaaa!”

As boas notícias para este tipo de homens com cães é que no “Ponto G”, como no estacionamento, há quem alugue lugares à hora.
Em Lisboa o pagamento é efectuado com moedas nos paquímetros da EMEL disponibilizados para o efeito, já no “Ponto G” paga-se em “cash” e habitualmente a brasileiras ou a “meninas” do leste da Europa.

Também aqui não há muitas diferenças.
Os funcionários da EMEL vestem-se todos de verde, enquanto que as meninas apresentam-se habitualmente humm.. sem roupa!
Num e noutro caso o objectivo é o mesmo: aluga-se à hora algo que é realmente difícil de encontrar...

Claro que há quem se recuse a pagar, e muito bem digo eu!
Não pagam os que habitualmente estacionam o “carro” em qualquer buraco por exemplo.
Estes, regra geral, estacionam ao calhas. Pouco importa se está bem ou mal estacionado, o que importa é estacionar! Nem que seja com metade do carro no passeio e a outra metade na estrada!

Claro que também há quem não se reveja em nenhuma destas situações.
Para estes homens com cão – cada vez mais raros – o importante é estacionar sempre no mesmo sítio, não por superstição ou por comodismo, mas porque genuinamente acreditam que aquele é de facto o melhor sítio para estacionarem o carro.
Pouco importa se demoram muito ou pouco a lá chegar, ou a que horas chegam. O lugar está sempre reservado, e é perfeito.

Há quem olhe de lado para a ideia de colocar o carro sempre no mesmo parqueamento, e é precisamente aí que reside a única grande diferença entre o “Ponto G” e o estacionamento em Lisboa.
Para muitos homens com cães que se aventuram a procurar um novo lugar todos os dias, o “Ponto G” continua a ser um mito. Sabem que ele existe, até porque já ouviram falar, não sabem é muito bem onde está.
Já o estacionamento, mais tarde ou mais cedo acabam sempre por encontrar um lugar.

Uma última ressalva: recuso-me a pagar 1 cêntimo que seja à EMEL.
Acho que prefiro ser taxista...

4 comentários:

  1. Only two words "JUST PERFECT"...
    De longe a melhor analogia que alguma vez vi no que diz respeito ao famoso Ponto G.
    ADOREI!!!!
    Celia N

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  2. O problema dos Homens em relação ao ponto G é o mesmo que têm em ir ter a qualquer sitio desconhecido de carro, ou seja NÃO PARAM PARA PEDIR INDICAÇÕES.
    E agora com o GPS ainda está pior!!!

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  3. É assim,nestas coisas da condução, às vezes ajuda ter um bom co-piloto...enquanto o condutor se concentra na condução, a outra pessoa pode ajudar nos pormenores, tais como o estacionamento, ou qual o melhor caminho para chegar a determinado sítio. Ora, se o co-piloto for todo atrapalhado, diz que é para virar à direita quando é para virar à esquerda, ou não ajuda no processo de encontrar o local certo para estacionar, temos a burra nas couves(expressão sinónimo de ter o caldo entornado!)!! É que depois é uma chatice, as ruas são todas, ou quase, de sentido único, é um problema quando não dá para fazer inversão do sentido de marcha...portanto o meu conselho é, arranjem um bom co-piloto, é metade do caminho andado!!:)
    ASS:mulhercomcao

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  4. ha kem diga k é um mito...embora eu me preocupe com o estacionamento do Porto lol
    qt ao ponto G, tentemos nao ser apressados e manter a motivaçao :)

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